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Jornalista analisa a trajetória dos evangélicos rumo à extrema direita, afastando-se da esquerda.

Jornalista analisa a trajetória dos evangélicos rumo à extrema direita, afastando-se da esquerda.

Líderes religiosos e sua trajetória política: uma análise crítica


Ao longo dos anos, figuras proeminentes do meio evangélico como Silas Malafaia, Jadir Macedo, Magna Malta e Marco Feliciano demonstraram alianças políticas variadas, desde apoio ao PT até o atual respaldo ao bolsonarismo. Mas o que levou a essa mudança de alianças e ocupação de espaço político?


A resposta reside em um histórico de desatenção e subestimação por parte dos progressistas em relação aos valores e à influência desses líderes religiosos. Na esteira de eventos como o golpe de 1964, a presença da igreja católica como parceira política era evidente, enquanto os evangélicos eram ignorados ou mesmo alvo de fake news, como a falsa ideia de que Lula fecharia igrejas não católicas.


Esse desdém persistiu por anos, alimentado por preconceitos e incompreensão, até que o crescimento populacional e a ascensão política dos evangélicos se tornaram inegáveis. No entanto, a esquerda não soube lidar com essa realidade, ignorando ou menosprezando esse segmento social.


A falta de diálogo e reconhecimento criou um fosso entre os dois lados, um "juros exponencial" de ressentimento que se acumulava. Líderes evangélicos, historicamente fisiológicos em sua busca pelo poder, viram em figuras como Collor, FHC e Bolsonaro oportunidades de aliança, alimentando um sentimento de marginalização.


Bolsonaro, por sua vez, se destacou como um presidente "pan cristão", cativando os evangélicos com gestos simbólicos e um espaço sem precedentes no Palácio do Planalto. Isso representou mais do que uma mera questão política: foi uma resposta ao longo histórico de negligência.


A eleição de 2022, com a vitória de Lula, deixou muitos líderes evangélicos em uma encruzilhada. O respeito pela autoridade constituída por Deus, tão evocado em suas pregações, contrastava com a virulência da campanha progressista. O abismo entre os dois lados se ampliou, levando alguns pastores a repensar suas lealdades políticas diante do desconforto de seus fiéis.


Essa reflexão indica um momento de transformação no cenário político-religioso do país, onde o ressentimento acumulado enfrenta o desafio de uma nova realidade. A voz dos líderes evangélicos, outrora ignorada, agora clama por atenção e diálogo, em um contexto de mudança e incerteza.



 

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