Gabriela Hardt, juíza reconhecida por seu envolvimento nos processos da Operação Lava-Jato no Paraná, concedeu declarações inéditas sobre sua atuação e criticou seu sucessor, Eduardo Appio. Em depoimento à Corregedoria Nacional de Justiça, Hardt admitiu possíveis equívocos em um dos casos durante sua gestão na 13ª Vara Federal Criminal de Curitiba, sugerindo que sua presença poderia ser controversa. Hardt, em suas palavras, expressou que, embora não tema a correição devido à convicção de que seus erros, se existentes, não foram intencionais, reconhece que sua participação em determinados processos pode gerar controvérsias prejudiciais ao sistema judicial. Estas revelações surgiram durante uma investigação interna conduzida pela Corregedoria Nacional de Justiça sob a supervisão de Luis Felipe Salomão, resultando inicialmente no afastamento de Hardt de suas funções, embora posteriormente tal medida tenha sido revertida. Além disso, Hardt mencionou a crítica ao comportamento de seu sucessor, Eduardo Appio, relatando um incidente no qual ele teria agido de maneira hostil com uma servidora envolvida em um processo específico. Segundo Hardt, essa situação levantou questionamentos sobre as reais motivações de Appio ao assumir a posição. Esses desenvolvimentos surgiram em meio a um contexto conturbado, no qual a Operação Lava-Jato enfrenta escrutínio público e pressões judiciais. Hardt enfrenta um pedido de afastamento apresentado por Rodrigo Tacla Duran, um advogado ligado à Odebrecht, enquanto ela própria se declarou suspeita de despachar sobre um assunto administrativo sob jurisdição da Justiça Eleitoral. A magistrada optou por não comentar sobre o assunto devido a razões pessoais. Essas revelações destacam a complexidade e os desafios enfrentados pelos protagonistas da Lava-Jato, além de levantar questões sobre a integridade e a independência do sistema judicial brasileiro.