Governo federal lançará política nacional de "educação para as relações étnico-raciais" em 14 de maio. A nova medida visa implementar o cumprimento da legislação que há mais de duas décadas obriga o ensino sobre cultura afro-brasileira nas escolas. Apesar da existência dessa legislação, estudos mostram que cerca de 70% das cidades brasileiras ainda não a cumprem integralmente. A maioria das instituições escolares realiza atividades pontuais sobre o tema, muitas vezes ligadas a datas comemorativas, como o Dia da Consciência Negra em novembro. O Ministério da Educação enfatiza a importância de oferecer um ensino afro-brasileiro contínuo ao longo do ano letivo. A necessidade de combater o racismo nas escolas foi evidenciada recentemente após um incidente envolvendo a filha da atriz Samara Felippo, que sofreu agressão racista em seu colégio. Para fortalecer a abordagem antirracista nas escolas, a nova política também aborda a implementação de protocolos de prevenção e resposta ao racismo. Os próximos passos incluem a publicação de editais para apresentação de propostas que poderão ser aplicadas em todas as instituições de ensino, tanto públicas quanto privadas. A coordenação de equidade racial e educação da Uneaf ressalta a importância desses protocolos para estabelecer ambientes escolares antirracistas, com normas claras e responsabilidades definidas para casos de agressão.