Juristas analisam que a situação de Jair Bolsonaro está ainda mais delicada perante a justiça, após os eventos ocorridos na embaixada, e existe a possibilidade real de sua prisão. O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, concedeu um prazo de 48 horas para que Bolsonaro explicasse sua visita à embaixada da Hungria, em Brasília (DF). A perspectiva de uma ação ilícita aumenta as chances de uma prisão efetiva do político. Após ter seu passaporte apreendido durante a Operação Véritas, que investigava uma suposta trama golpista, o ex-presidente permaneceu por dois dias hospedado na embaixada. O jurista Pedro Serrano observa que, se confirmado, esse fato pode caracterizar uma tentativa de asilo político, indicando uma fuga da jurisdição brasileira, o que embasaria um pedido de prisão preventiva. Para ele, isso aumenta consideravelmente a possibilidade de tal medida ser aplicada. O advogado Marcelo Uchôa argumenta que a estadia de Bolsonaro na Embaixada da Hungria não foi coincidência, mas sim parte de uma estratégia para escapar da jurisdição brasileira. Em uma série de publicações no Twitter, Uchôa afirmou que Bolsonaro não se dirigiu à embaixada por acaso, mas sim em busca de asilo político para fugir da justiça brasileira. Ele defende veementemente a necessidade de uma prisão preventiva. Em concordância, o jurista Fernando Augusto Fernandes destacou que a determinação de Moraes para que Bolsonaro não deixasse o país e entregasse seu passaporte foi uma medida substitutiva à prisão, porém foi desrespeitada. Tal desrespeito pode resultar em um recolhimento imediato à prisão por violação das medidas alternativas à prisão preventiva, como destacou Fernandes em comentário na TV 247.
