O Ministério Público de Contas, em conjunto com o Tribunal de Contas da União (TCU), agiu nesta terça-feira (19), solicitando a inclusão do Partido Liberal como réu em uma ação civil que visa responsabilizar os envolvidos nos eventos golpistas de 8 de janeiro, estipulando uma multa de R$ 100 milhões. O subprocurador-geral Lucas Furtado requereu a indisponibilidade de R$ 27 milhões do PL, alegando seu suposto envolvimento na trama golpista. No mesmo requerimento, Furtado solicitou o bloqueio de R$ 100 milhões, caso o partido seja incluído como réu na ação civil. A documentação alega indícios de que a estrutura do PL foi utilizada para organizar reuniões golpistas, visando manter Jair Bolsonaro no poder após a eleição de Lula. O pedido, dirigido ao presidente do TCU, Bruno Dantas, destaca investigações da Polícia Federal indicando o uso de recursos do PL para financiar a participação de militares dos "kids pretos do Exército" na tentativa de golpe. Trecho do pedido declara: "Verificando-se que a estrutura de um partido político foi utilizada para operacionalizar financeiramente o cometimento de supostos crimes, estamos diante da destinação de recursos públicos, geridos pelo Partido Liberal, para o cometimento de eventuais ilícitos penais." O MP de Contas também solicita o bloqueio de recursos dos dirigentes do partido, incluindo o presidente Valdemar Costa Neto, e que a AGU, a PGR, a PF e o STF sejam informados sobre o pedido.