O desenrolar do caso dos assassinatos da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes ganha uma nova dimensão com as recentes revelações feitas por Ronnie Lessa, detido pela execução das vítimas. O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), assumirá o papel de relator nessa etapa das investigações. Ronnie Lessa, em sua colaboração premiada com a Polícia Federal e a Procuradoria-Geral da República (PGR), apontou os possíveis mandantes por trás dos crimes que abalaram o país. O Superior Tribunal de Justiça (STJ), anteriormente responsável pelo caso, optou por remeter o processo ao STF, reconhecendo-o como o foro adequado para a apuração dessas autoridades. Em meio às reviravoltas do depoimento, Lessa menciona uma figura que não ocupava cargo público na época dos homicídios, já que se passaram seis anos desde então. O STF, incumbido de julgar autoridades como presidente, vice-presidente, ministros, senadores, deputados federais e membros dos tribunais superiores, assume a condução desse processo. A trajetória de Lessa é marcada por sua prisão em março de 2019, por sua participação direta nos assassinatos. Segundo a delação de Élcio de Queiroz, também ex-policial militar, Lessa é identificado como o atirador responsável pelo homicídio da vereadora e de seu motorista. Posteriormente, Lessa é expulso da corporação e, em 2021, condenado a quatro anos e meio de prisão por ocultar as armas utilizadas no crime.