Os recentes ajustes no piso salarial dos profissionais do magistério público da Educação Básica suscitam a necessidade premente de uma revisão. Os últimos três reajustes revelam a falta de uma fórmula de cálculo adequada, capaz de garantir ganhos reais e previsíveis. Em 2022, o aumento de 33,2% gerou preocupações quanto à viabilidade financeira, enquanto em 2023, o reajuste de 14,9% levantou questionamentos sobre a lógica por trás do cálculo. Este ano, o índice de 3,6% resultou em uma perda real de aproximadamente 1% em relação à inflação. É fundamental que o cálculo do piso salarial indique uma política sólida e consistente de valorização dos profissionais da educação, além de garantir previsibilidade orçamentária para os entes federados. A atual lei, embora tenha sido uma conquista importante, carece de ajustes para atender adequadamente a esses objetivos. O Fórum criado pelo MEC deve promover um debate ampliado sobre a revisão da legislação, considerando o Novo FUNDEB e as demandas da sociedade por um reconhecimento justo do trabalho dos educadores. Vida longa e próspera para o piso salarial dos profissionais da Educação Básica!