A escalada diplomática entre Brasil e Israel alcançou um novo patamar, levantando a possibilidade de uma medida extrema: a expulsão do embaixador israelense no Brasil, Daniel Zonshine. Segundo fontes do Itamaraty e do governo, embora tal movimento não seja desejável, torna-se uma possibilidade caso a escalada por parte de Israel persista. Setores do Planalto sustentam essa medida, argumentando que a situação do embaixador israelense no Brasil está comprometida. No entanto, ressaltam que tal ação está condicionada à escalada da crise por parte de Israel, sendo o objetivo do Brasil reduzir a fervura do conflito. Recentemente, fontes do Itamaraty revelaram um sentimento de "emboscada" percebido pelo embaixador brasileiro em Israel, Frederico Meyer, que foi publicamente repreendido em hebraico, idioma que não domina. Durante a reunião entre Mauro Vieira e Zonshine, não houve menção a retratações ou desculpas por parte do Brasil. A crise diplomática teve origem nas declarações do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que comparou as ações de Israel na Faixa de Gaza ao extermínio de judeus durante a Segunda Guerra Mundial. Após a escalada da tensão e a reprimenda pública, o governo brasileiro ordenou o retorno de Meyer de Tel Aviv para o Brasil. Essa medida é considerada severa nas relações internacionais, indicando o desejo do país em obter esclarecimentos do seu diplomata sobre uma atitude considerada hostil. Segundo as fontes do Itamaraty, inicialmente, Lula não planejava o retorno do embaixador, mas a decisão foi tomada após o aumento do tom por parte de Israel. Caso a situação se acalme no Brasil e não haja escalada por parte de Israel, Meyer poderá retornar ao seu posto em Tel Aviv.