O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), emitiu uma determinação nesta segunda-feira (19 de fevereiro de 2024), negando ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) o direito de escolher a data e horário de seu depoimento à Polícia Federal (PF). Essa decisão surgiu em resposta a um pedido da defesa de Bolsonaro, que condicionava o depoimento à obtenção prévia do acesso aos conteúdos dos celulares apreendidos durante a operação Tempus Veritatis. Moraes afirmou que Bolsonaro já teve acesso integral a todas as provas reunidas no processo, invalidando a alegação da defesa. Dessa forma, o ministro determinou que o ex-presidente mantenha o depoimento agendado pela PF para quinta-feira (22 de fevereiro), às 14h30, na sede da PF em Brasília. A operação Tempus Veritatis, autorizada pelo ministro Moraes, teve como alvo o ex-presidente Bolsonaro e seus aliados, sob a acusação de uma suposta tentativa de golpe de Estado. Em 8 de fevereiro, Bolsonaro e outros envolvidos foram alvos dessa operação. Como parte das medidas tomadas, Bolsonaro teve que entregar seu passaporte e foi proibido de deixar o país. Além disso, o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, foi preso por posse ilegal de armas durante a ação policial, sendo posteriormente liberado após três dias detido.