Desdobramentos do Acordo Israel-Hamas: Libertação de Prisioneiros e Questões Humanitárias em Foco Nos últimos cinco dias, o acordo entre Israel e o Hamas resultou na libertação de 150 palestinos de prisões israelenses, em troca de 240 reféns mantidos pelo grupo palestino desde o ataque de 7 de outubro. O perfil dos libertados, predominantemente adolescentes de 14 a 18 anos e mulheres adultas, destaca questões controversas no sistema prisional de Israel. Isso inclui detenções administrativas sem acusações formais e julgamentos de menores em tribunais militares. A análise dos dados revela que dois terços dos prisioneiros libertados estavam sob detenção administrativa, um mecanismo legal herdado do Mandato Britânico da Palestina que permite a prisão de suspeitos sem acusação formal, baseando-se em "evidências secretas". Organizações de direitos humanos consideram essa prática uma violação ao devido processo legal. O aumento das detenções de menores durante o conflito recente é alarmante, com aproximadamente 350 jovens presos em pouco mais de um mês. Isso eleva o número total de crianças e adolescentes no sistema penitenciário de Israel para mais de 500, em um universo de mais de 8,3 mil palestinos encarcerados. Denúncias também apontam condições precárias, detenções arbitrárias e casos de menores feridos sendo presos pelas forças israelenses. Esses desenvolvimentos ressaltam a complexidade das questões humanitárias e legais envolvidas, exigindo atenção global para garantir o respeito aos direitos fundamentais e o cumprimento das normas internacionais.