O depoimento do tenente-coronel Mauro Cid à Polícia Federal lança luz sobre as posturas de Jair Bolsonaro e aliados após a derrota eleitoral. Ex-ajudante de ordens presidencial, Cid era testemunha direta das discussões entre Bolsonaro e colaboradores. Após um acordo de delação, Cid detalhou a participação de Michelle e Eduardo Bolsonaro em incitar medidas golpistas, conforme relato do jornalista Aguirre Talento. Três fontes corroboraram as informações do depoimento de Cid. A delação está sob análise do subprocurador-geral Carlos Frederico Santos, que destaca a falta de provas de corroboração. O plano golpista, segundo Cid, foi barrado pela discordância dos comandantes militares. Em setembro, Bolsonaro discutiu uma minuta golpista, mas apenas o comandante da Marinha a apoiou, enquanto Exército e Aeronáutica se opuseram. Cid descreveu articulações pós-eleição e a resistência de Bolsonaro em seguir sugestões moderadas para acalmar manifestantes golpistas. Ele também mencionou um grupo radical com Michelle e Eduardo Bolsonaro, incitando o ex-presidente a buscar um golpe. As acusações foram rebatidas pela defesa, classificando-as como "absurdas" e carentes de elementos de prova. Eduardo Bolsonaro alega que a delação é "fraca, inconsistente e sem elementos de prova" segundo Carlos Frederico.