O governador do Paraná, Ratinho Junior (PSD), gerou controvérsia ao anunciar a nomeação de 1.106 professores para a rede estadual, juntamente com o projeto "Parceiro da Escola", que visa terceirizar a gestão de 200 escolas públicas. Essa iniciativa despertou debates acalorados e críticas, com muitos considerando-a prejudicial para o sistema educacional. Segundo o projeto, a empresa responsável pela gestão das escolas assumirá diversas responsabilidades administrativas e de infraestrutura, incluindo a contratação de pessoal de limpeza, merenda e professores não efetivos. Apesar do argumento de redução de custos, parlamentares e sindicatos questionam a eficácia e os possíveis impactos negativos dessa terceirização. Para a oposição, liderada pelo deputado Professor Lemos (PT), o projeto representa uma privatização da educação pública, levantando preocupações sobre a qualidade do ensino e a estabilidade dos profissionais. O sindicato APP também expressou forte oposição, alertando para a precarização das condições de trabalho e possíveis danos à qualidade pedagógica das escolas. Hermes Leão, ex-presidente da APP-Sindicato, condenou veementemente a proposta, afirmando que desvia recursos públicos para beneficiar interesses privados, sem trazer benefícios tangíveis para a comunidade escolar. O debate em torno desse projeto reflete as divergências sobre os modelos de gestão educacional e o papel do setor privado na administração das escolas públicas. O impacto potencial dessa iniciativa na qualidade da educação e na estabilidade dos profissionais é motivo de preocupação para muitos. O governo estadual enfrenta pressão para justificar e explicar os benefícios reais dessa mudança de modelo. A discussão sobre o projeto "Parceiro da Escola" promete continuar atraindo atenção e gerando debates entre diferentes setores da sociedade paranaense.